EXISTE PERSPECTIVA?

 

(Sylvinho na derrota para o Inter no último domingo, 24/10)

     O trabalho de Sylvinho à frente do Corinthians vem sendo muito questionado, principalmente nos últimos dias. Não somente os resultados, mas o rendimento da equipe e falta de variações táticas tem sido cobrados do treinador que parece cético quanto à mudanças. A esmagadora maioria da torcida, incluindo a maior organizada do clube exigem a saída imediata do treinador, vendo a vaga à Libertadores-2022 arriscada. Ficar de fora seria uma tragédia, esportiva e especialmente financeira. O Presidente Duílio Monteiro Alves sabe disso e resiste em manter o Técnico. Mas até quando?

      Uma das principais críticas ao treinador é sobre a utilização - ou falta - do ponto forte dos laterais, em especial de Fágner. O camisa 23 tem como grande virtude o apoio ao ataque, sendo um do principais criadores e assistentes do time nos últimos anos. Porém, para Sylvinho, como o próprio citou em coletiva recente, "Lateral é um defensor e não tem como função atacar" e que se quisesse um atacante escalaria Gabriel Pereira na ala. Curioso analisar dessa forma, justamente após ser derrotado num clássico com assistência, de muita qualidade, do LATERAL-ESQUERDO adversário.

       Outro ponto que causa bastante irritação e desconforto por parte dos Corintianos é o distanciamento do time, dificultando e muito a saída de bola. A bola não tem chegado com qualidade aos atacantes, resultando nos pífios números ofensivos da equipe, como por exemplo, 2 finalizações à gol em média por partida. A imagem mostra o espaçamento entre defesa e meio. Fica praticamente impossível praticar um bom futebol dessa forma. É dever do técnico corrigir e compactar o time.


(Time desorganizado e espaçado em campo, cena comum nos jogos sob comando de Sylvinho)

          Sem contar algumas "teimosias" que não vem dando resultado e são mantidas pelo treinador. Insistência em jogadores experientes que não vem dando retorno, em detrimento de jovens com muito potencial; Inflexibilidade quanto ao sistema de "linha de 4", que dizia ser sua especialidade, mas demonstra falhas. Por que não utilizar 3 zagueiros? Liberar os alas para fazerem o apoio? Diminuir a responsabilidade de Renato e Giuliano na marcação e explorar o que eles têm de melhor?

        A manutenção do professor no cargo é garantida por dirigentes, mas sabemos que isso é momentâneo. Um resultado diferente da vitória contra a Chapecoense, diante de 40 mil torcedores em Itaquera, ou a sequência de jogos importantes contra adversários da parte de cima da tabela, pode significar a interrupção do trabalho. Trabalho este que não tem mostrado sinais de evolução. Resta ao torcedor esperar uma vaga na Liberta e acreditar num 2022 melhor, sob novo comando técnico.

Jv. Oliveira

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