Completamente Copeiro


O Grêmio não cansa de dar aula de como se joga futebol. Fica até difícil descrever o que é essa equipe. Copeira? Sim. Técnica? Sim. Medalhões? Garotos? Também. O time é uma combinação perfeita de tudo que se precisa para ser vencedor. E isso é o que faz com que todo ano o Tricolor seja colocado como favorito em todas as competições que disputa. Neste ano, não é diferente.

Como toda orquestra, seu maestro e criador Renato Portaluppi deu forma a essa equipe. Um bom trabalho começado por Roger Machado, que subiu Luan, Ramiro, Éverton. O time tinha padrão de jogo, mas falhava em momentos decisivos, não reagia bem sob pressão e as críticas ao ex-treinador vinham nesses momentos. Ai chegou Renato.

No começo, muito desacreditado. Polêmico como de costume e extremamente contestado após seu discurso de “não precisar estudar na Europa por saber o que é futebol”. Deu a tranquilidade, confiança, apoio e malandragem necessárias para que os garotos deslanchassem. Combinado à isso, a chegada de veteranos - ou “refugos” - tão descreditados quanto o professor, e que correspondem de maneira surpreendente. Você contrataria Cortez, Léo Moura, Jael e Cícero para o seu time antes de irem para o Grêmio? Não né? Pois bem, mais um ponto pra Renato.

O time tem padrão, sabe o que faz, joga bonito, e se precisar joga feio também. Difícil é jogar feio com Geromel, Arthur, Luan, Éverton. É muita qualidade junta. O trabalho da comissão técnica fez um time competente, criativo, encaixado, se tornar seguro e legal. Aproveita as chances que tem, não costuma perdoar. Não exagero dizer que é uma das melhores equipes deste século no país. 

Renato segue mostrando que o tal “escritório na praia” funciona e funciona bem. Você pode odiá-lo, achar polêmico demais, arrogante... mas de bola, de grupo, de campo, isso o cara entende. Ganha o elenco, que corre por ele. Dá corpo pra um time que já era difícil de ser batido. Transforma o clube mais copeiro do país numa máquina de ganhar jogos e, consequentemente, campeonatos. 

Vai criticar como? Estátua pra ele é pouco!

Jogando bonito ou “pro gasto”, a equipe de Renato Gaúcho encanta, convence e caminha como favorita nas fases agudas da Liberta. 


Jv. Oliveira

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